quinta-feira, 12 de março de 2009

NO SILÊNCIO DAS HORAS

No silêncio acre das horas a vida
mergulha nos escombros do tempo
e urde tragédias, trama dissabores
rumina risos e provoca dores.
No silêncio acre das horas
o proletário argumenta dissídios
enquanto nas salas refrigeradas
tecnocratas programam suicídios.
No silêncio acre das horas
na solidão dos casebres
cravados no lôdo das periferias
há angústias e anseios
mães dão aos filhos
(de barrigas vazias)
seios magros e feios.

(publicado no meu primeiro livro " No Silêncio das Horas")

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