quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O JARDIM DE TIA EMMA


Tia Emma plantava dálias e rosas ao sul de seu jardim. Eram as flores que ela mais gostava, mas em outras áreas de seu imenso jardim, também havia diversas espécies como antúrios, crisântemos, lírios, tamba-tajás e líricas trepadeiras. A tia devotava um amor imenso por aquele recanto de sua casa que era conhecido em toda a cidade onde ela morava. Muita gente, aos domingos, vinha visita-la e admirar lugar tão inebriante e tomar lições de jardinagem com ela.

Realmente aquele lugar era lindo, maravilhosos. Namorados faziam questão de posar para fotos ao redor das flores. Em qualquer estação do ano lá estava ria Emma semeando a terra com suas mãos magicas e quando estava neste trabalho, pássaros das mais variadas espécies vinha ensaiar suas sinfonias sobre os galhos dos Ipês que ataviavam a entrada do jardim. Ela adorava estes instantes de simbioses entre os cânticos da passarada e da beleza das flores, momentos que emolduravam os olhos de quem assistissem este espetáculos de cantos e cores. Um dia tia Emma partiu. Seu coração de flor não mais suportou o peso dos anos e parou numa tarde de verão aceso em que a canícula de agosto castigava agressivamente o seu mágico jardim. 

Os filhos de tia Emma não continuaram o cultivo daquele belo canto da casa, eram muito ocupados e, então, o jardim entrou em ruinas. As roseiras secaram e o lugar pouco a pouco foi ficando 

CHEGADA

 Chegarás a mim no bojo

de uma nave de sonhos
e juntos partilharemos
a mesma aventura as mesmas luas
o mesmo por do sol
o mesmo verão a mesma primavera
o mesmo outono e o mesmo inverno
e a mesma madrugada
e então palmilharemos o mesmo
caminho que nos levará a Pásargada
onde o poeta Bandeira estará
nos esperando com a estrela da manhã
nas mãos]

sábado, 1 de agosto de 2020

POÉTICA

Teus lábios
são pétalas rubras
de uma flor sublime
que ornam o jardim
dos meus sonho.

À BAUDELLAIRE, RIMBAUD E CECÍLIA

Uma lua em pedaços
sai da boca poética de Baudelaire
e se espalha pelos vácuos da noite
(sem alarde)
onde os boêmios vomitam o amargor
dos seus porres nas calçadas aquecidas
pelo braseiro deixado pelo sol da tarde.
E dos olhos de Rimbaud
saltam rimas de versos
atrelados a lumes de luas
se misturam ao pó das ruas
e no doce colo de Cecilia,
dormem poemas diversos.
Você, Roberval Vieira de Freitas, Miriam Grossman Menascé e outras 6 pessoas

EROTICA

Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...