quinta-feira, 23 de abril de 2020

DIVAGAÇÕES




Às vezes me sinto caminhando por um campo de margaridas, tecendo amor e ternura, declamando poemas aos ouvidos da mulher amada. Outras vezes me invento cavaleiro andante, uma espécie contemporânea, de Don Quixote, mas invés de duelar com moinhos de ventos, persigo apenas auroras quotidianas, tentado roubar-lhes a policromia. Em outras ocasiões ajo quixotescamente e brando minha espada de nevoa, subo os degraus do dia para desafiar os dragões alados, guardiães do ocaso, tentando libertar o sol. Eles todos os dias sequestram o sol e só o devolve pela manhã. Existe dias que me sinto um jogral, menestrel, um  aedo caminhando e cantando pelas vielas da Idade Media até encontrar o balcão da mulher amada. E assim sigo pela estrada da vida carregando minhas palpitações, meus desenganos e  minhas circunstâncias. Até o dia do salto no abismo das incertezas.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Caminha

Vamos, amiga, caminhar por essas sendas desconhecidas. Não temas a escuridão, trago comigo uma lua de bolso para guiar nossos passos no chão e a noite, amiga, envelheceu sobre os seus próprios desastres e os sátiros guardiães de suas sombras também envelheceram sobre os escombros do tempo. No fim da caminhada, amiga, o sol renascerá sobre um campo de margaridas e beberemos um pouco de orvalho na concha policrômica da manhã. Vamos, amiga, continuar a caminhada e que no fim da jornada, do outro lado do tempo, um novo horizonte nos espera.
Você, Roberval Vieira de Freitas, Judite Carvalho e outras 11 pessoas
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EROTICA

Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...