segunda-feira, 20 de abril de 2009

MEMÓRIAS NA TARDE

O vento chega ao alpendre
da velha casa onde nascí
e traz o cheiro antigo de meu pai.
Miragens turvas do passado
retornam e tomam conta
de quartos corredores
salas e quintal,
sentado na velha cadeira de vime
assisto o suícidio do sol
que teima em beber o rio
no fim da tarde.
De súbito vultos do meu passado
fantasmas de mim mesmo
açulam a memória
num festim de saudades
e vejo minha mãe
( imagem doce e luzidia)
a pervagar meus sentidos,
memórias nada mais
que memórias
povoam estes instantes
de reflexão e nostalgia...

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