terça-feira, 31 de março de 2015

POEMA QUASE CANÇÃO, QUASE SOLIDÃO

Escancaro ás janelas do meu mundo
para receber a noite com suas constelações de sombras,
um vento novo, calouro de sopro,
me traz vestígios de um poema antigo e inacabado
versos coalhados de memórias e ilusões...
perdidas nas enzimas de um tempo
em que meus olhos nunca habitaram.
Olho a cidade, esse território sem fronteiras
cujas ruas são galáxias de assombro e medo,
onde caminho meu corpo magro e vertical
pisando em musgo e liquens que parasitam as pedras.
Súbito uma brisa antiga e ligeira
espalha cinzas do passado na áspera
solidão noturna das calçadas.

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