sábado, 31 de janeiro de 2015

O VIAJANTE DO SONHO

Viajo por ermas galáxias
coando pó de estrelas
com minhas mãos em concha
em universo de sonhos e fantasias.
Invento um barco de nevoa
e aporto em porto de oceano
sem nome,
e não consigo te distinguir
entre os nomes tatuados na areia
desta praia sem pouso
que as ondas vão apagar.
Saio do meu sonho e desço
os degraus da noite em busca
de brisas desgarradas
de um rebanho de ventos,
no alto uma lua cigana em seu realismo
de prata e luz tenta em vão iluminar
os penhascos do meu abismo.

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