segunda-feira, 6 de abril de 2015

METÁFORA III


Quando se fizer a última colheita
de outono na lavoura arcaica do tempo
eu te esperarei com os meus olhos ávidos de te ver,
e quando as primeiras chuvas prenunciarem
a emboscada do frigido inverno
eu te esperarei na casa da saudade
e quando chegares desses caminhos gastos
sairá de minha boca um poema
que transvertido em nave imaginária
orbitará a aureola dos teus seios castos.

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