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Me arrasto pelos caminhos empoeirados
do mundo. O tempo carrasco implacável da vida
oxida o circuito de minhas vértebras
e eu claudicante tento enfrentar os embargos do cotidiano
como um mareante enfrenta um mar
proceloso e insano,
arraigados em meu peito trago
um sol morto e uma lua naufraga
e os dias são sombrios cinzentos
sujeitos a chuvas e trovoadas
e a simetria deste silêncio
evoca lembranças remotas
cerzidas de saudades
que julguei estarem enforcadas, mortas
no patibulo dos anos.
Tento com as mãos em gestos prontos
apagar a tarde e com minha ansia apressar
a noite
para que suas sombras indefinidas
ocultem os duendes do meu delirio.
Hey, te leio e me dou conta de quanto também tento apressar a tarde para que a noite chegue e me embale o silêncio profundo com sonhos, sublimações...
ResponderExcluirBeijos, boa semana.
Carmen.
Caro Júlio, fantástica a sua poesia sobre o tempo. Imagens e metáforas que extrapolam qualquer análise. A Simetria do Silêncio seria um título lindo para um livro. Aliás, me envie seu endereço para encaminhar meu livro. O livro é meu presente (será uma honra tê-lo na sua estante). Grande abraço.
ResponderExcluirCaro Sidnei, moro em duas cidades: Manaus e Fortaleza. Agora estou em Manaus, só volto daqui um mês. Meu endereço em Manaus é, Av TANCREDO NEVES, 713 APT 101-B PARQUE 10, BOSQUE RESIUDENCIAL KOPENHAGEN, MANAUS-AM
ResponderExcluirCP 69054-700-
Beleza, Julio. Anotado.
ResponderExcluirAbraço.