domingo, 16 de janeiro de 2011

SILENCIAL


Uma chuva copiosa
tenta lavar em vão
os meus pecados,
a noite com seu
repertório de sombras
invade os hectares
da cidade,
parida do silêncio
a insônia me convida
ao alpendre
e na parede caiada
da velha casa
o tempo brune o relógio
e o pó das horas embota
os labirintos da memória.

4 comentários:

  1. Fiquei aqui a imaginar o meu próprio repertório de sombras. rs
    bacio

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  2. Hey, que esta insônia seja sempre produtiva, refeita de poesia estiradas ao alpendre da memória.

    Que bom entrar aqui e me encontrar com teus versos.

    Beijos.

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  3. Belo poema, Julio!

    Nos labirintos da memória tudo se percebe e tudo cabe.

    Beijos, poeta!

    Mirze

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  4. Vc escreve coisas que eu gostaria de dizer, me identifico muito.

    Beijo.

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