terça-feira, 29 de dezembro de 2009

POEMA

O sêmen do tempo
emprenha a tessitura dos dias
e os anos (vermes vorazes)
devoram a cada instante
a minha arquitetura óssea
meu corpo se decompõe
e me afundo num mar
de desencantos e depressões
sobram de tudo isso
a memória de um tempo distante
(pégadas nas areias da infância)
onde a felicidade me sorria
com seus lábios de nuvens
e dentes de sol
e esse caminhar alquebrado
pelas perdas solidão e mágoas
restaram também as palavras
com que construo poemas
que alimentam minha alma
no descompasso dessa jornada
pelas arestas sombrias do mundo.

Um comentário:

  1. Caro Amigo
    As marés são diversas
    tem a suas explosões e a emoções
    somos assim feitos de emoções
    de fases, mas os anos são ondas ferozes
    tentamos ficar de pé...e clamar por amor
    compreensão, ternura...
    O que é ternura neste mundo de vergonhas tantas?
    alguém poderia me dizer se da boca, hoje,
    se fala a palavra 'ternura'? Sabem o que é ternura?
    Que dirá poesia...(?)
    Mas isso é poesia, a sua...


    2010 com esperança e paz...
    Um abraço e um dia festivo pra toda família.

    Santè


    ***obrigado pelas poesias, menção de meu nome e de seu carinho.

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