As cicatrizes do meu passado
estão incrustadas nas paredes frias
e pétreas desta velha casa,
longos corredores guardam ainda
passos de um tempo quase esquecido.
Nos quartos gastos de solidão
memórias pueris volateiam
no ar da infância distante,
na varanda sombria vultos
miragens de mim mesmo
parecem coalhar as horas
no instante crepuscular,
uma nevoa fria
embaçam meus olhos
e vejo como num sonho
na mesa posta de antigas refeições
fantasmas dos meus mortos
assentarem e comer
o alimento de seus silêncios
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sábado, 18 de dezembro de 2010
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Julio tuas memórias atiçam as minhas,às vezes também sinto eles se alimentarem do meu silêncio e nesta época de encontros, reuniões familiares a saudade aumenta.
ResponderExcluirUm beijo grande, sempre fico muito feliz de aqui chegar e me deparar com novos poemas, assim sei que estás bem.
Carmen.
Julio, teu poema me fez reviver a velha mesa de tábua da minha infância:- avós e pais e tios, irmãs e primos... Acho que os Natais felizes são mesmo só enquanto a mesa está completa. Depois é o banquete da saudade e do silêncio. Beijo grande, Nydia.
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