sábado, 9 de janeiro de 2016

A CASA DO PASSADO

Entro na casa do passado
observo as paredes com a cal
despregando-se e carcomidas
pelos cupins do tempo,
olho os quartos úmidos
caminho pela via expressa
da casa: o corredor sombrio
tudo está diferente dos dias
da infância. Vou ao quintal
universo de meus voos
imaginários e o vejo abandonado
olho o jardim das dálias de minha mãe
tudo em ruínas onde um gato
de pêlo grisalho mija nas minhas
recordações,
enquanto com uma sinfonia
muda o tempo constrói
a arquitetura do meu silêncio.

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