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Rasgo as trilhas da madrugada
com minhas mãos de musgo,
toldo meu instante com os restos
da escuridão da noite passada
e tento decifrar a caligrafia
deste silêncio numeral
levando nos ombros arqueados
uma lua morta e fria,
e na dialética das horas
o canto do galo despe as sombras
dos latifundios do dia.
Seu amanhecer rasgado faz-nos sentir a umidade da manhã que mal chega, cheia de sonhos com a madrugada.
ResponderExcluirBelo poema!
Beijo.
o tempo...algoz ou escudeiro...quem sabe um dia decifraremos essa dialética; nos decifraremos nus... sem dia ou ética...
ResponderExcluirBelíssimo seu poema! Instigante e provocador.
Beijos!
Pra ti:
ResponderExcluirGuardei de dia a ética sob a blusa
Defronte à janela
Enquanto te lia
Ruborizavam-se meus escudos
No espelho
Não entendia... por que o tempo passa
Ao contrário pra quem ama
Lou Albergaria
Esse blog é maravilhoso, Júlio. se tiveres mais poesia ou prosa da época do clube da madrugada, faça favor de publicar por aqui. obrigadão.
ResponderExcluirQue belo!!!!
ResponderExcluir... silêncio numeral - adorei!
Beijos =)
Meu caro, sua poesia sempre me permite um sorriso. Posso levar comigo lá para o meu sótão. A segunda-feira vai adorar exiber seus versos por lá?
ResponderExcluirbacio
Na dialética de tuas horas, as sombras se enumeram, visto-me dos momentos para dar passos aos sonhos...
ResponderExcluirUm beijo amigo e junto desejo de um ótimo final de semana e sempre carinho.
Carmen.
Tempo!?O tempo nos escapa sem nada podermos fazer para o agarrar quando nos apercebemos já o caminho está muito mais curto p'ra frente do que para trás então pegamo-nos com o relógio querendo fazê-lo parar e...
ResponderExcluirNada feito a ética do tempo é não ter ética...
''Adelina''