segunda-feira, 30 de setembro de 2019

CRONICA

Meu voo é cego. Meus olhos tocam às fráguas do crespúsculo, quando o sol desce para beber o rio. Um grito estridente de um pássaro quebra o silêncio dos labirintos da cidade e invade a liturgia das igrejas à hora do Angelus. Um ciranda de nuvens se despede do dia ensaiando um balé nas savanas do céu, enquanto fiapos de sol tingem de ouro as escamas do rio. Meu voo é cego, mas o sonho persiste e me diz que a realidade não está tão longe. Alheio aos estertores da tarde, meu neto Marcelo pergunta, vô porque a terra é azul? E lhe respondo , neto,  a felicidade e o silêncio também são azuis!!

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