O pássaro plana em ultimo voo
rasando as copas dos ipês
nos estertores da tarde,
o sol-posto desbota o poente
e os ventos sopram sem alarde
coreografando o balanço das folhagens,
vindo do rio a noite invade
essa varanda de pássaros
caiada de sombras álgidas
enquanto um pedaço de lua
tenta clarear o universo das ruas
infladas de angustias e desenganos.
Sol-posto, sol morto
eu comendo morangos.
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