quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MINHA MÃE

No dia que minha mãe morreu
um silêncio pétreo e irritante
calou as palavras no labirinto
de minha garganta e não pude
mais falar e nem gritar,
uma brisa febril varreu meus olhos
e lambeu minhas lagrimas
e não pude mais chorar.
Do outro lado da porta envelhecida
a solidão da vida
e a verdade do mundo nua e crua
me espreitavam num canto de rua.

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