quarta-feira, 2 de junho de 2021

NOTURNO

O silêncio sangra o ciclo das horas

na estática circunferência do relógio,
a noite banhada em lua
assume os seus ludibrios
e afoga os seus desastres
no pó das invias ruas
enquanto na solidão dos jardins
a fustigação dos ventos, em açoite,
provoca holocausto de rosas.

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