sábado, 9 de junho de 2018

TRÊS INSTANTES, A AMADA E O POEMA


Nesta manhã de sol mineral
gestada de uma vértebra
do tempo,
ventos atrevidos se revoltam
na ribeira
e agitam as águas deste mar sem fim
enquanto um beija-flor viril tenta polinizar
velhas roseiras
na solidão floral deste jardim.
E chega a tarde de sol, cerebral,
e me invento em asas
e como pássaro de sonho tento voar
com a intenção de pousar
na paisagem idílica do teu olhar.
E então, chega a noite insone e numeral
trazendo sombras invasoras e degastadas
e então, vou à lavoura de luares
e colheito falanges de luas
para iluminar o sono da mulher amada.

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