Depois da corrida dos anos
sobraram apenas em mim
restos de magoas sazonadas
estafa irremediável do corpo
cabelos inaugurados de inverno
trilhas de desencontros
e o môfo dos porões
da casa onde nasci.
Na varanda da memória
restou indelévelmente
a velha flauta do meu avô
que tirava do pó do tempo
a nota exata da canção
que nos embalava
nas noites de verão.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sábado, 14 de novembro de 2009
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O dia de hoje é tudo que temos, Julio. Precioso legado. E é preciso vivê-lo. As lembranças devem ser bálsamos, como o som desta flauta...
ResponderExcluirSempre tão bom te ler. Um beijo.
Muito lindo!
ResponderExcluirAinda bem que a memória nos alivia, com lembranças e legados.
Parabéns!
Abraços
Mirse