FIM DE NOITE
meia-noite
a lua foi dormir
acesas ainda as ruas
cortejam desastres.
ao longe na rua dos inocentes
um bar encardido pelo tempo
( cheios de homens vazios)
( cheios de homens vazios)
um sax desafinado
tenta em vão solfejar
as notas de um canção popular.
o ar esfumaçado pelas brasas
dos cigarros
(paranifos de lentos suicídios)
e o cheiro de cerveja
e de bebidas baratas
saturam o ar do ambiente,
impassivel a noite
persegue a madrugada.
Noite (d)escrita aqui. Poema de afogar travesseiros.
ResponderExcluirSempre bom, meu caro.
Beijo.
Larita, obrigado por suas palavras. Comentários vindo de um alma privilegiada, transbordando de sensibilidade, com a sua é o que todo poeta e todo escritor busca. Abraços do amigo.
ResponderExcluirJúlio, pensei em uma maneira de falar e homenagear a todos que tanto vêm me incentivando com o carinho e apoio que me doam.
ResponderExcluirEscrevi uma crônica pensando em nós blogueiros. Falei sobre o que penso ser o blog para nós. Você pode concordar ou discordar; pode também acrescentar; mas não deixe de opinar. Leia e entenderá por que a sua opinião é indispensável para mim e para todos blogueiros.
Abraço do Jefhcardoso do http://jefhcardoso.blogspot.com
vou te ser sincero, julio, está razoável, consegues surpreender mais, o que é bom.
ResponderExcluirmas está engraçado e isso é uma qualidade na poesia que há sempre a valorizar
Júlio, gosto da cena, tua poesia tem revelado muito isso, para alguns poderia ser um mini conto... Mas, sem classificações o que mais admiro é este abraço com que chamas os poetas a tua Poesia.
ResponderExcluirUm beijo amigo e companheiro
Nossa, Júlio! Estou encantada, surpresa e feliz com esta homenagem.
ResponderExcluirSaiba vc que me vi nesta cena que vc criou com muita verdade, mas sem perder o lirismo.
Muito obrigada, amigo!
Se vc me permitir, gostaria de também publicá-la no meu blog " Saavedra, Música, Chibé e Poesia".
Esperarei sua autorização.
Um terno abraço amazônico
Lígia vc não pede, manda minha poesia é de todos e para todos. E chibé nela! Araço do admirador.
ResponderExcluirposso ppostar aqui!
ResponderExcluirBeco Imundo
Que bom andar trôpego pelas ruas
Debruçado em balcões
Dormindo em caixas de papelões
Atirando garrafas
Lambendo o céu néon
Jogado com putas nas camas
Trombando bucetas fumegantes
Arrastando corpos infames
É bom o cheiro do mangue
É linda a merda na latrina
Becos de Sevilha
Atrás de alguma rapariga
Quero o ranger da noite
Seu hálito frio
Sua boca aberta
Seu bafo vadio
Ah eu quero
Também ficar nu
Alto edifício
Telhado lantejoula
O saco que nem cebola
Voar em cima do teu baú
Comer fuder pupuaçu
Meter nas cadelas
Fornicar perebas
Coçar remelas
Travestido poeta
Mordaça no limite da glande
Estrangula meu desejo
Jorra esgoto bacilo
Lembrança teu rosto mar morto
Ama-me na lama azul
Rasgo-te o cu
Ontem sai da taberna
Louco ódio andarilho
bocejei
Olhei em cima
Era tua face abissínia
Adormeci na tarde pestilenta
Li tua poesia agourenta
Ass, Biosas
SOSTENIDO
ResponderExcluirMusico musica
Violão guitarra
Saxes fumaça
Minissaia salsa
Luz na vidraça
Trompete vara
Trompa traçada
Batuque pandeiro
Esquidum
Bem no meio
Acústico piston
Acústico timbre néon
Tempero faceiro
Quadris dos negos
Algodão senzala
Umbigada e patuscada
Timbre de samba
Tambor de malandra
É jazz
Néon oerlins
Mississipi
Navio no cais
O samba
Bamba
Balança
Tecido organdi
Só bebo parati
Melodia andrógina
Canção parabólica
alto
Em cima
Na esquina
semínima
Bem baixinho
Pianinho
Grave os trombones
Insaiadinho
O violão do Carlinhos
Que banda legal
Quem toca
Quem canta
Coisa original
Madruga
Na porta infestada
Pessoas sorrindo
No colo madrugada
Compondo historia
Melodia em gloria
Qualquer samba
De algum bamba
Em algum lugar
Sozinho a cantar
No escuro do bar
Na Lapa
Quem sabe uma garapa
Esquenta a memória
Criar e seu momento agora
Sente o poente
O samba vem surgindo
Teu refrão é lindo
Mais um pra coleção
Canta que esse pranto é bom
Poeta é assim
Inventa
Trasteja
Mas no fim
É ele quem nos presenteia
Ass, Biosas