Na penumbra da sala de visitas
o pensamento perscruta
a psicologia do instante,
as palavras declinam
a caligrafia das sílabas
e preenchem o vácuo da memória
quando o tempo deslinda
o enigma das horas.
Esta casa já me viu em instantes lúcidos
(carregando risos largos)
hoje me vê sonâmbulo
vadeando pelas veias da casa
( corredores e quartos),
caminhando como automato.
(Ah, esta saudade nunca se rende!)
Lá fora a noite sem lua
sombreia o velho alpendre
e engole ávida a rua.
Lindo, Julio! Gostei muito desse poema. As sombras e reentrâncias da casa nos trazem memórias secretas e sonoras na noite solitária.
ResponderExcluirBeijo!
Os sonambulismos da lua, sempre nos fazem viajar pelo alpendres da memória.
ResponderExcluirQue bom poema, que bom te ler Poeta.
um beijo amigo e carinhoso.
Mestre;
ResponderExcluiraqui reafirmo a minha admiração por seu belo trabalho.
Abs.
Benny