Eu quero a presença da primavera
com catedrais coloridas de rosas
o eflúvio e o sereno da antemanhã
para poder projetar meu soneto.
As lembranças tenras de minha infância,
as manhãs preclaras e trescalentes
e as tardes de verão do Boulevard
eu quero para compor meu soneto.
Quero os sábios conselhos de meu pai
os beijos róridos de minha mãe
para poder projetar meu soneto,
quero a casa onder nasci e minha rua
as ternas noites de ciranda e a lua
para compor versos deste soneto.
( este soneto faz parte do meu livro "No Silêncio das Horas", publicado nos anos 80, primeira fase de minha poesia)
com catedrais coloridas de rosas
o eflúvio e o sereno da antemanhã
para poder projetar meu soneto.
As lembranças tenras de minha infância,
as manhãs preclaras e trescalentes
e as tardes de verão do Boulevard
eu quero para compor meu soneto.
Quero os sábios conselhos de meu pai
os beijos róridos de minha mãe
para poder projetar meu soneto,
quero a casa onder nasci e minha rua
as ternas noites de ciranda e a lua
para compor versos deste soneto.
( este soneto faz parte do meu livro "No Silêncio das Horas", publicado nos anos 80, primeira fase de minha poesia)
Caro Julio,
ResponderExcluirQue bom que o "silêncio" do blog foi curto e já temos nova postagem.
Este seu antigo poema, dos anos 80, retrata muito bem o que tanto nos povoa a alma, as saudades, as marcas, os valores: pai, mãe, infância, a casa velha, a rua onde se brincava, quem éramos...
Nos meus textos sempre vasa, ainda que de forma inconsciente, algum mínimo traço dessas saudades da infância. Saudades das esperanças carregadas. Às vezes vasa bastante disso.
Seu poema/soneto é suavemente melancólico, como são as lembranças da infância, daquilo que se foi.
Grande abraço,
Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com
É! A saudade do vivido sempre nos leva a cantar, e quando um soneto regado de aromas do imaginário nos chega, a alma engrandece...
ResponderExcluirUm abraço carinhoso Poeta e que bom te ler.
Carmen Silvia Presotto
Está tudo aqui, neste soneto, Julio. Carregamos tudo dentro de nós. Que beleza de poema. Me fez voltar à minha velha casa, pude ouvir a voz de meu pai, ver as flores no jardim, a brincadeira na rua... Versos que transbordam.
ResponderExcluirAbraços, boa semana!
Prezados amigos, tinha resolvido dá um tempo no blog, estava supinamente depressivo.Alem do mais um médico picareta queria operar meu olho direito. Mais tarde um especialista fez um diagnóstico onde nada encontrou de irregular no olho. Esse mercenário da medicina queria operar um olho sadio. Tudo isso me deixou desanimado.Mas agora estou voltando e daqui há dois meses concluo a "bonecagem" do meu livro Degraus do Silêncio, para posterior publicação. Abraços a todos vcs irmãos meus e da poesia.
ResponderExcluir