A noite desposa seus cansaços
na esteira da rua plúmbea
e rumina as aguras do tempo.
Poeta noturnos
pisam calçadas de nuvens
e inventam cançõeos de mar,
entre a canção e o tédio
há um abismo neutro.
Existe em tudo solidão
amarga e solene
que vem das casas
encharcadas de tempo
de vidas passadas
desta bairro soturno.
As palavras se calam
no ventre da garganta
e levantam andaimes
de sonhos
para a construção
do poema noturno.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
segunda-feira, 23 de março de 2009
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Este poema é um brilhante, Júlio. Um dos mais bonitos dos teus que já lí. Verdadeira obra prima.
ResponderExcluirObs: Lindas as fotos do poeta com a amada em Paris. Tem lugar melhor para se estar com a pessoa amada?
beijos