sexta-feira, 13 de março de 2009

A CASA DO MEU AVÓ

Os caibros de cedro
desfibram o corpo do tempo
no regaço da noite
onde as horas decapitam
enigmas.

A mémoria levanta andaimes
de sonhos. A voz de fogo das ruas
perverte canteiros
de crisântemos.
O vento limpa o sal
das paredes onde os mortos
se postam e comem
a erva de seus silêncios.

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