quarta-feira, 18 de março de 2009

MEDITAÇÃO

Na tarde o olhar perdido no infinito
mãos rígidas e nuas silenciam gestos
e não posso compor a pirâmide de sonhos
da janela do meu quarto.
Pássaros não se aproximam da arena
onde resinas saturadas de tempo
queimam as células da minha idade
conduzindo-me ao abismo da velhice.
Que direi aos outros quando chegarem?
Direi que a noite veio sem a lua
e que a rosa morreu sem aroma e cor
por fim direi, sem mêdo de censura,
que multipliquei por mil os meus pecados
pensando nos seios da mulher amada.

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