Onde estão os anjos de asas de sonhos
que viriam calcinar os pecados dos homens sem
vísceras ,...
por onde andam os ventos que varreriam
as agruras e o medo dessas ruas ínvias
e os pássaros que desatariam seus cantos
nas bordas do outono?
Não chegaram aqui. Talvez estacionaram no cimo
de alguma uma galáxia sem nome,
a espera da passagem do apocalipse das horas
nas entranhas do tempo.
Chegou apenas em mim
a noite conflagrada em angustia e delírios
que avança por essa varanda escura e solitária
onde me sento todos os dias e conto estrelas
soletrando as silabas do meu silêncio
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