Antes que o por do sol se apresse
e desencante estas ruas sonâmbulas
deixe que eu colho as cinzas do dia...
para minimizar as sombras da noite,
antes, amiga, que a noite definitiva
se aposse dos hectares da tarde
deixe que eu recolha as últimas
réstia de sol para aquecer teu corpo
nessa friagem densa e noturna.
E quando, amiga, a madrugada
tomar posse do território da noite
resgatarei pássaros e luas dos versos do Gullar
para inundar teu sonho de cantos e luar.
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