Sigo as trilhas desta manhã
tecendo costuras de sol.
O vento abre suas asas
imaginárias e varre minha
sombra nas calçadas,
uma nuvem em chuvísco
molha minhas palavras
e fico calado observando
o sudário de angústias
das ruas ínvias da cidade
em pânico.
Nas praças onde os velhos
descansam e mastigam
as ervas de suas idades
a arquitetura do silêncio
ergue castelos de memórias
e sono
e no arvoredo desfolhado
a canção dos pássaros, em coro,
celebra a inauguração do outono.
Belo poema, Júlio, onde as metáforas dão um show!
ResponderExcluirAinda bem que no sudário das angústias a canção dos pássaros inaugura o outono!
Abraços, poeta!
Mirze
Hey, Poeta, me empresta estes versos:
ResponderExcluiruma nuvem em chuvísco
molhas minhas palavras
e fico calado observando
o sudário de angústias
Lindo, um poema cinematográfico, feito narrador câmera vais nos abrindo às cenas poesia.
Beijos
Julio,
ResponderExcluirpoema carregado de deleite! A manhã é a costura do Sol pois o cheiro do húmus, destas folhas de plátanos, geram uma cartografia amarelo que entra no corpo e se transforma em memórias!
Abraços
Que beleza de versos,amigo.Cheguei,vim,e vou voltar.
ResponderExcluirEspaço belíssimo.
Abraços