sexta-feira, 9 de julho de 2010

POEMA


Teu corpo deitado na cama
(tepidamente nu )
parecia uma pintura de Degas,
pela fresta da janela
o sol de outono cobria
com fiapos de ouro teu corpo
e os teus olhos eram como
dois lagos mansos após a chuva.
As palavras caiam de tua boca
como semen ejaculados
e entre tuas pernas de Vênus
latejavam vulcões,
em extase minha voz
perdeu-se nos labirintos
da garganta e emudeceu
enquanto tuas mãos cálidas
e suadas bruniam meu sexo.

7 comentários:

  1. Liríco e erótico. Belo!

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  2. "Pelas frestas da janela, o sol do outono cobria..." a descoberta deste ato de amor em linguagem, que tua poesia siga Viva a caminho do Amor.

    Um beijo carinhoso Julio,ler teus poemas cutuca a inspiração para seguirmos conVersando... e parabéns pela imagem que une os versos ao sentimento de quem te lê.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

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  3. Ui!

    Usei uma pintura de Degas há alguns dias para ilustrar um poema.

    Este seu pegou em cheio!

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  4. Júlio!

    Apreciei seu poema, digamos neo-erótico.

    Parabéns pela leveza e pelo ritmo da poesia. A imagem que se formou, poéticamente falando é muio bonita!

    Beijos

    Mirse

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  5. O que mais me encanta nesse estilo é que diz tudo, a gente sente as intempéries de forma natural e vai "dançando" junto com o ritmo. Delicioso. Grazie


    Ps. Estou saíndo de férias, volto em agosto. Vou curtir as palavras nas folhas de papéis. Até a volta porque as vezes é preciso silêncio, não é mesmo?

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  6. Júliovenho te ler e vejo que o poema Poema cristalizou-se... sinto falta de teus versos, desejo que esteja tudo bem contigo!!!

    Um beijo amigo e companheiro.

    Carmen Silvia Presotto
    www.vidraguas.com.br

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  7. Também sinto muita falta dos teus versos, Julio. Volte breve. Beijos.

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Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...