O olhar fixado na relva
viçosa e orvalhada
a alva pele banhada
pelo sol no préludio do dia,
e a moça bonita contando
pétalas de rosas no jardim
da clara manhã de verão
embala meus sonhos eróticos.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
terça-feira, 18 de maio de 2010
segunda-feira, 17 de maio de 2010
CHUVA
quarta-feira, 12 de maio de 2010
POESIA MARGINAL ( a poeta e o cão)
Sentada na varanda de tempo
num dia de sol á pino
com o olhar aguçado e esmiuçador
a poeta observa o instante construído
( o cão Bono vem deitar ao seu lado
e finge dormir).
a poeta ver a vida
criar e recriar o caos
as angústias numerais
e lançá-las sobre as ruas
da cidade asfixiada em gás
carbônico
a poeta excomunga
a letargia do trânsito
a anti-poesia grafitada
nos muros e fachadas
de casas e edifícios
a poeta vislumbra as esquinas
e lamenta a falta de comiseração
com os meninos sem futuro,
párias sociais que perambulam
pelos guetos urbanos
(enteados de uma pátria madrasta).
De repente o cão Bono, sem alarde,
salta sobre o colo da poeta
e neste instante poeta e cão
unidos,
humanizam a tarde
humanizam a vida
humanizam o mundo.
num dia de sol á pino
com o olhar aguçado e esmiuçador
a poeta observa o instante construído
( o cão Bono vem deitar ao seu lado
e finge dormir).
a poeta ver a vida
criar e recriar o caos
as angústias numerais
e lançá-las sobre as ruas
da cidade asfixiada em gás
carbônico
a poeta excomunga
a letargia do trânsito
a anti-poesia grafitada
nos muros e fachadas
de casas e edifícios
a poeta vislumbra as esquinas
e lamenta a falta de comiseração
com os meninos sem futuro,
párias sociais que perambulam
pelos guetos urbanos
(enteados de uma pátria madrasta).
De repente o cão Bono, sem alarde,
salta sobre o colo da poeta
e neste instante poeta e cão
unidos,
humanizam a tarde
humanizam a vida
humanizam o mundo.
domingo, 9 de maio de 2010
LEGADO
quinta-feira, 6 de maio de 2010
ESTUDO VESPERAL EM MARINHA
Estou nesta gótica janela de mundo
( esperando o claro acontecer de vácuos)
e fiz de seu parapeito meu periscópio
de onde lobrigo a letargia da tarde
descer os degraus do dia
e caminhar para o mistério do ocaso.
Olho a paisagem ao redor e alem:
observo o mar no seu discurso de ondas
impacientar insistentemente os recifes,
e em um céu de azul acetinado
histéricas andorinhas em vôos pandos
tatuam arabescos na pele do vento,
na linha do horizonte uma jangada solitária
perfila-se solene aos rigores do terral
enquanto uma gaivota em garras, frénetica,
bica a superficie das águas em vôo acrobático.
Vejo agora (resoluta) a noite lançar ancora
nas alvancentas areias da praia deserta
e assisto inebriando a dança das marés.
(Praia do Barro Preto, Ceará/maio/2010.)
( esperando o claro acontecer de vácuos)
e fiz de seu parapeito meu periscópio
de onde lobrigo a letargia da tarde
descer os degraus do dia
e caminhar para o mistério do ocaso.
Olho a paisagem ao redor e alem:
observo o mar no seu discurso de ondas
impacientar insistentemente os recifes,
e em um céu de azul acetinado
histéricas andorinhas em vôos pandos
tatuam arabescos na pele do vento,
na linha do horizonte uma jangada solitária
perfila-se solene aos rigores do terral
enquanto uma gaivota em garras, frénetica,
bica a superficie das águas em vôo acrobático.
Vejo agora (resoluta) a noite lançar ancora
nas alvancentas areias da praia deserta
e assisto inebriando a dança das marés.
(Praia do Barro Preto, Ceará/maio/2010.)
terça-feira, 4 de maio de 2010
AS SETE LUAS ( para a poeta Lara Amaral)
Quando as sete luas passarem
e o tempo mostrar a rota da primavera
colherei flores no campo para te oferecer,
catarei fiapos de sol para amornar
minhas mãos em gestos de espera
e mostrarei o meu melhor sorriso
para ávido e ansioso te receber
no mesmo alpendre que um dia
te viu partir com chispas de luas nas mãos.
Não desespere,amiga e amor, espere um pouco mais
que toda essa angústia e agonia
vão acabar com o sôpro de tua chegada
pois sete luas passam rápidas demais.
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