sábado, 27 de fevereiro de 2010

ÁRIA DE SOL



Inauguras a tarde
com teus olhos claros de mar.
Vestidas de sol tuas mãos
( em gestos mágicos)
regem a sinfonia dos ventos
que teimam em varrer a pele das ruas
e respingos solares desgarrados
engravidam tenras roseiras.
De repente uma chuva estival
desaba sobre a cidade
como querendo lavar-lhe os pecados,
enquanto solitária procuras
na intimidade do jardim
(entre flores molhadas)
fiapos de sol.

4 comentários:

  1. Bela poesia, linda imagem passada nessas palavras que, juntas a foto, formaram um casamento poético perfeito.
    Grande abraço e sucesso!

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  2. Lindíssimo, um devaneio só, um casamento de/na natureza.

    Beijos, ótimo fim de semana!

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  3. Título forte, que nos captura para devaneios para além dos seus versos. Agradável construção de palavras, para se pensar enquanto suspira. Abraços fraternos!

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  4. Caro poeta Júlio, um grande abraço!
    Lá do Verso & Prosa pulei pra cá. Lí um monte de poesias, gostei de todas. Sua leitura é muito leve, muito fácil, gostosa... Acho que a verdadeira poesia é "isso aí", sem frescuras ou pedantismo, sem as constantes tentativas de esbanjar cultura como vemos a todo instante, quase sempre incompreensível ou indigesta.
    O seu trabalho é como água límpida, fresca, boa de se beber... Parabéns!

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Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...