Num campo de margaridas
onde manhãs estivais
pastam silentes,
evoquei o silêncio do sonho
e os alicerces da memória
ultrapassei os umbrais do tempo
e me vi plantando esperanças
á beira do rio de minha infância
Caminhei pelas alamedas da vida
cataloguei palpitações e desencantos
e me coloquei no caos das ruas
das cidades masculinas
( cruéis e desumanas)
entupidas de homens sem rostos.
E nesse vadiar de sonhos
dividi os gomos das minhas angústias
com as madrugadas insones,
vi a rosa do povo romper o asfalto
e nascer impávida e bela
humanizando a rua,
vi pessoas apressadas
( carregando suas cruzes)
fugindo para Pasárgada,
ouvir um velho poeta dizer
que o amor é eterno
enquanto dura.
E meus passos alcançaram
o caule da aurora
e vi a estrela da manhã
apagar seu lume
quando o sol rompeu
a vidraça do quarto
e me despertou da aventura
onírica.
( para a poeta Doroni Hilgenberg que veio de muito longe e abraçou a Amazônia como sua segunda terra. Presto homenagem, também, aos poetas divinos, Thiago de Mello,Drumond, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, faço alusão aos mestres nas entrelinhas do poema)
onde manhãs estivais
pastam silentes,
evoquei o silêncio do sonho
e os alicerces da memória
ultrapassei os umbrais do tempo
e me vi plantando esperanças
á beira do rio de minha infância
Caminhei pelas alamedas da vida
cataloguei palpitações e desencantos
e me coloquei no caos das ruas
das cidades masculinas
( cruéis e desumanas)
entupidas de homens sem rostos.
E nesse vadiar de sonhos
dividi os gomos das minhas angústias
com as madrugadas insones,
vi a rosa do povo romper o asfalto
e nascer impávida e bela
humanizando a rua,
vi pessoas apressadas
( carregando suas cruzes)
fugindo para Pasárgada,
ouvir um velho poeta dizer
que o amor é eterno
enquanto dura.
E meus passos alcançaram
o caule da aurora
e vi a estrela da manhã
apagar seu lume
quando o sol rompeu
a vidraça do quarto
e me despertou da aventura
onírica.
( para a poeta Doroni Hilgenberg que veio de muito longe e abraçou a Amazônia como sua segunda terra. Presto homenagem, também, aos poetas divinos, Thiago de Mello,Drumond, Manuel Bandeira e Vinicius de Moraes, faço alusão aos mestres nas entrelinhas do poema)
Belíssimo poema, Júlio. A referência aos poetas - simplesmente brilhante. Uma obra prima e uma bela homenagem a Doroni.
ResponderExcluirBom feriado!
abraços
obrigado poeta, seus comentários são sempre lúcidos e brilhantes.
ResponderExcluirJúlio,
ResponderExcluirAgradeço-lhe comovida pelo lindo, sensível
e mágico poema. Saber-me homenageada juntamente com esses poetas que são icones da literatura brasileira, me enche de satisfação e me sinto realizada como simples escrevinhsdora que sou.
É verdade, eu abracei a Amazônia e choro e vibro com ela.
bjs e meu eterno agradecimento
Doroni Hilgenberg