O sêmen do tempo
emprenha a tessitura dos dias
e os anos (vermes vorazes)
devoram a cada instante
a minha arquitetura óssea
meu corpo se decompõe
e me afundo num mar
de desencantos e depressões
sobram de tudo isso
a memória de um tempo distante
(pégadas nas areias da infância)
onde a felicidade me sorria
com seus lábios de nuvens
e dentes de sol
e esse caminhar alquebrado
pelas perdas solidão e mágoas
restaram também as palavras
com que construo poemas
que alimentam minha alma
no descompasso dessa jornada
pelas arestas sombrias do mundo.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
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Caro Amigo
ResponderExcluirAs marés são diversas
tem a suas explosões e a emoções
somos assim feitos de emoções
de fases, mas os anos são ondas ferozes
tentamos ficar de pé...e clamar por amor
compreensão, ternura...
O que é ternura neste mundo de vergonhas tantas?
alguém poderia me dizer se da boca, hoje,
se fala a palavra 'ternura'? Sabem o que é ternura?
Que dirá poesia...(?)
Mas isso é poesia, a sua...
2010 com esperança e paz...
Um abraço e um dia festivo pra toda família.
Santè
***obrigado pelas poesias, menção de meu nome e de seu carinho.