Sigo as trilhas desta manhã
tecendo costuras de sol.
O vento abre suas asas
imaginárias e varre minha
sombra nas calçadas,
uma nuvem em chuvísco
molha minhas palavras
e fico calado observando
o sudário de angústias
das ruas ínvias da cidade
em pânico.
Nas praças onde os velhos
descansam e mastigam
as ervas de suas idades
a arquitetura do silêncio
ergue castelos de memórias
e sono
e no arvoredo desfolhado
a canção dos pássaros, em coro,
celebra a inauguração do outono
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