Minha neta Mayra Crystal, carrega em si, toda a beleza da mulher amazônica. Em sua estrutura corporal eiva-se do perfume das nossas matas, nos olhos traz o brilho do sol do norte, nos lábios o cheiro das frutas amazônidas e na face trigueira a serenidade dos rios da Amazônia depois da chuva. E traz, finalmente, nos seus braços a pujança das Amazonas guerreiras de nossas lendas. E para coroar esse ciclo de beleza natural, brotou de si uma flor chamada Alice, a doce Alice. Eu te amo Crystal.
A casa já não mais reflete
as peripécias do passado
inovaram suas estruturas físicas
trocaram seus caibros de cedro
por frias vigas de cimento armado,
invadiram a arquitetura dos quartos
e expulsaram os fantasmas da infância
que povoavam os velhos armários,
foram além: ladrilharam os corredores
e arrancaram-lhe o alpendre
que em noites de verão as estrelas
debutavam sob o fascínio do luar
e não respeitaram sua história,
deixaram apenas, incólume,
o velho quintal, em árvores,
como resposta a minha ânsia de memórias.
11Você, Roberval Vieira de Freitas, Judite Carvalho e outras 8 pessoas
9 comentários
Compartilhar