A noite ácida cobre os labirintos da cidade com seus estandartes de sombras e delírios. Sombreados pelos ipês, vultos indigentes capinam silêncio no chão de musgo da praça . Uma lua em pedaço, antiga e decrepita tenta em vão iluminar as trevas do alpendre onde rumino minhas palpitações e os meus desencantos. Nos escaninhos de minha imaginação pareço ver infames centauros cavalgando a varanda. Recomponho o pensamento. Agora uma chuva carregada de ventos lava a miséria e os pecados das ruas ínvias saturadas de desastres. Este é o inverno da minha melancolia E o que resta agora, neste momento? É alongar pernas e braços, ler um poema de Zélia Guardiano e mergulhar no mar de sonhos na alcova da mulher amada.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Assinar:
Postar comentários (Atom)
EROTICA
Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...
-
Germinando no silêncio do jardim um crisântemo espera o nascer do sol para abrir suas rutilas pétalas no ar pleno da manhã que vai raiar enq...
-
Saio do meu casulo de silêncio para prantear o poeta Belchior que nesta manhã, foi levado pelas Walquirias e cavalgou com ela...
-
. Uma lua madura aproveita a insônia das horas para habitar os círculos dos teus olhos e a noite desce com a lua e vem iluminar as esca...
Nenhum comentário:
Postar um comentário