Tia
Emma plantava dálias e rosas ao sul de seu jardim. Eram as flores que ela mais
gostava, mas em outras áreas de seu imenso jardim, também havia diversas
espécies como antúrios, crisântemos, lírios, tamba-tajás e líricas trepadeiras.
A tia devotava um amor imenso por aquele recanto de sua casa que era conhecido
em toda a cidade onde ela morava. Muita gente, aos domingos, vinha visita-la e
admirar lugar tão inebriante e tomar lições de jardinagem com ela.
Realmente
aquele lugar era lindo, maravilhosos. Namorados faziam questão de posar para
fotos ao redor das flores. Em qualquer estação do ano lá estava ria Emma
semeando a terra com suas mãos magicas e quando estava neste trabalho, pássaros
das mais variadas espécies vinha ensaiar suas sinfonias sobre os galhos dos
Ipês que ataviavam a entrada do jardim. Ela adorava estes instantes de
simbioses entre os cânticos da passarada e da beleza das flores, momentos que
emolduravam os olhos de quem assistissem este espetáculos de cantos e cores. Um
dia tia Emma partiu. Seu coração de flor não mais suportou o peso dos anos e
parou numa tarde de verão aceso em que a canícula de agosto castigava
agressivamente o seu mágico jardim.