A tarde de musgo imprime
sua caligrafia de sol
sobre os labrintos sombrios da cidade
e desnuda o caos urbano,
assustado fujo do mêdo e da angústia das ruas
e me refugio no silêncio fetal do alpendre
onde as horas plantam sementes de tédio
na lavoura arcaica do tempo
e vejo a tarde descambar para o poente
enquanto inquietas andorinhas tentam
pintar ainda com fiapos de sol
a tênue linha do horizonte!
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
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Belo poema, bastante imagético, e rico, muito rico.
ResponderExcluirBom passear por aqui poeta, agora sigo e vou acompanhar bem de perto sua produção.
forte abraço
Tonho França