O poema desgarra-se de mim
impávido e resoluto divorcia-se
dos meus intentos vivenciais,
inventa outono no território do verão
acalenta o plácido coito dos amantes
matiza o corpo virgem da manhã
evoca a leveza dos jardins
na contemplação dos tecidos do dia
voeja pelas dimensões do tempo
desce as inclinações do sol
descreve a geografia do silêncio
rompe a solidão do alpendre
e pousa suavemente casto
na arquitetura cálida e sensual
dos teus seios brancos e castiços.
O poema jamais voltará para mim.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sábado, 12 de novembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
EROTICA
Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...
-
Saio do meu casulo de silêncio para prantear o poeta Belchior que nesta manhã, foi levado pelas Walquirias e cavalgou com ela...
-
Germinando no silêncio do jardim um crisântemo espera o nascer do sol para abrir suas rutilas pétalas no ar pleno da manhã que vai raiar enq...
-
. Uma lua madura aproveita a insônia das horas para habitar os círculos dos teus olhos e a noite desce com a lua e vem iluminar as esca...
''O Poema'',simples e belo desgarrado do poeta,agarrando quem por ele passa!!!<3
ResponderExcluirSempre fico a ler calmamente esses versos e suas entrelinhas
ResponderExcluirreleio e passo a cada hora entende-lo com todas as nuances da paixão que um porta tem pela palavra...é exímio em doar-se. Doa-se palavras e sempre a deixamos perdidas ao gosto do sal...
gde beijo
Cintia Thomé
O poema é esta viagem sem volta sempre, porque mesmo quando nos debruçamos novamente sobre eles, sentimos que já somos outro no tempo...
ResponderExcluirUm beijo grande, poeta querido, bom estar aqui. Saudade!!
carmen.