A cal despregando-se das paredes
onde silentes se postavam as fotografias
dos mortos. A geografia do relógio
descrevendo os cíclos das horas
na cincunferência do tempo;
da cozinha vinha o cheiro forte
do café de minha mãe ás três da tarde,
o olhar penetrante de meu pai
reagindo as travessuras de meus irmãos
e em sua cadeira de embalo meu avô
( com o olhar fixo num ponto da rua)
debulhava espigas de silêncio.
Ah, que saudades da velha casa
da rua dos Tamarindos.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
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EROTICA
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Querido Julio, você me fez viajar por este memorial, e eu fui parar lá na minha infancia. Sentindo a mesma saudade que sentiu. Vendo a mesma geografia dos azulejos lá da cozinha da vó, enquanto meu avô ralava o côco pra ela fazer um doce e rechear a massa do pão para o café da tarde.
ResponderExcluirObrigada por este momento, que com certeza irá render um post lá no meu blog.
abraços pra ti!
Teu Memorial poético é um empréstimo familiar...beijos, gracias e bom final de semana.
ResponderExcluirCarmen.