Os vestígios de tua ansiada presença
vão se dissipando lentamente no ar
deste quarto de solitude e vácuo,
apenas a tênue luz do abajur (que não é lilás)
ilumina tua já esmaecida fotografia pousada
na superficie encardida do criado-mudo.
No chão de memória da sala
restos de ilusões perdidas
se dispersam com o passar dos dias
e, eu, ( ser vertical e amargo)
vadeando o território da insônia
observo as horas gastarem as engrenagens
do tempo,
na inanimada circunferência do relógio
postado na velha parede de taipa.
Dissimulada a noite, em fuga,
não esperou para ver meus olhos
vermelhos e difusos pelo sal das lagrimas.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
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Lindo poema, Julio, sempre um prazer passar por aqui.
ResponderExcluirBeijos.
Hey, Poeta!!!
ResponderExcluirNo ar fica um raro efeito com a leitura de teus versos... que as brumas da noite, em outros sonhos e versos, revertam o sal de tuas lágrimas, olhos de sempre Poesia!!!
Um beijo amigo e carinhoso.
Carmen Silvia Presotto
a poesia é ponte que nos aproxima do continente ou de outras ilhas, talvez mais desertas do que nós. beleza de poema, julio. beijo grande.
ResponderExcluirPor isso que digo que poesia é algo simples, ou gruda na pele ou desgruda da alma. rs
ResponderExcluirBacio
Julio!
ResponderExcluirQue beleza de poema! Um arquipélago de lágtimas! Preciso disto.
Beijos
Mirze
Que belo poema Júlio. Muito bom. = )
ResponderExcluirLindo!...
ResponderExcluirGosto de suas imagens descritas assim-assim!...
"tênue luz do abajur (que não é lilás)";
"esmaecida fotografia pousada"...
Abraços carinhosos =)
"No chão da memória da sala
ResponderExcluirrestos de ilusões perdidas"
Belas imagens num poema forte e sugestivo!
abçs