Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
CRONICA
Meu voo é cego. Meus olhos tocam às fráguas do crespúsculo, quando o sol desce para beber o rio. Um grito estridente de um pássaro quebra o silêncio dos labirintos da cidade e invade a liturgia das igrejas à hora do Angelus. Um ciranda de nuvens se despede do dia ensaiando um balé nas savanas do céu, enquanto fiapos de sol tingem de ouro as escamas do rio. Meu voo é cego, mas o sonho persiste e me diz que a realidade não está tão longe. Alheio aos estertores da tarde, meu neto Marcelo pergunta, vô porque a terra é azul? E lhe respondo , neto, a felicidade e o silêncio também são azuis!!
terça-feira, 24 de setembro de 2019
TEUS SEIOS
Teus seios são pétalas
de uma flor maior e bela
que vislumbro encantado
no jardim dos meus olhos
em dias mornos de sol.
E em noites de sonhos
os vejo belos e protuberantes
na planície branca do lençol.
que vislumbro encantado
no jardim dos meus olhos
em dias mornos de sol.
E em noites de sonhos
os vejo belos e protuberantes
na planície branca do lençol.
domingo, 22 de setembro de 2019
A INSÔNIA DAS HORAS
Uma lua madura aproveita a insônia das horas
para habitar os círculos dos teus olhos
e a noite desce com a lua e vem iluminar
as escamas desse rio por onde navegam
os teus mais belos sonhos
em tua barca de tempo e memória.
e na arquitetura lúbrica dos teus lábios
existe um sol fermentado
que queima de paixão e de ternura
quem ousa oscular tua boca em tempera.
e a noite desce com a lua e vem iluminar
as escamas desse rio por onde navegam
os teus mais belos sonhos
em tua barca de tempo e memória.
e na arquitetura lúbrica dos teus lábios
existe um sol fermentado
que queima de paixão e de ternura
quem ousa oscular tua boca em tempera.
O COLECIONADOR
Durante a infância
e a juventude
colecionei auroras,
por do sol
e historias e na velhice
vivo inundado
de tempo e memórias.
e a juventude
colecionei auroras,
por do sol
e historias e na velhice
vivo inundado
de tempo e memórias.
sábado, 14 de setembro de 2019
NÓS
Eu te conheci quando o outono reinava nestes bosques sequiosos de silêncio e te perdi quando o inverno chegou com suas chuvas álgidas e suas tardes grisalhas. E só fui te reencontrar nas bordas do verão, cercada por uma falange de sol debaixo de um Ipê amarelo. E, então,unidos, demos ás mãos, em conluio de amor, saímos pelo mundo a percorrer estes caminhos as vezes alegrais e as vezes sonâmbulos, perseguindo manhãs de cânticos e de pássaros, de luas e luares e colecionando crepúsculos. E hoje, em plena primavera, continuamos nossa caminhada sem vertigens e enganos até avistarmos ás sombras do nosso abismo.
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EROTICA
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