" Toda nudez será castigada".( Nelson Rodrigues)
Na paisagem nua do teu corpo
carregas a flor do amor declarado
que a todos os pecados anistia,
na epiderme dos teus seios túmidos e castos
exibes as marcas da estação ensolarada
( motivos de sonhos e fantasias),
e tua nudez, amiga, nunca será castigada.
Todos os trabalhos postados neste blog são de autoria de Julio Rodrigues Correia e estão albergados pelos termos da Lei nº 9.610 de 19/02/1998 que regula o Direito Autoral no país.
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
POEMA
Nestas horas de solidão de pedra
onde o silêncio e o tedio medram.
lugar que ainda resisto
as insurgências do tempo
colho e entendo a mudez do teu grito
E no mar proceloso um barco
carregado de sonhos e memórias invade
( sem pressa e sem ruptura )
o cais noturno da minha saudade.
onde o silêncio e o tedio medram.
lugar que ainda resisto
as insurgências do tempo
colho e entendo a mudez do teu grito
E no mar proceloso um barco
carregado de sonhos e memórias invade
( sem pressa e sem ruptura )
o cais noturno da minha saudade.
ALPINISTA
Um dia me fiz alpinista
subia e descia
escalando as escarpas eróticas
do teu corpo
e todas as vezes atingia
o cume dos meus desejos.
subia e descia
escalando as escarpas eróticas
do teu corpo
e todas as vezes atingia
o cume dos meus desejos.
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
ESTENDAL
Dispo minhas sombras
no varal imaginário da noite,
suplico aos ventos, em açoites,
que não as dissipem,
enquanto eu nu sem o olhar da rua...
banho-me numa cascata de lua.
no varal imaginário da noite,
suplico aos ventos, em açoites,
que não as dissipem,
enquanto eu nu sem o olhar da rua...
banho-me numa cascata de lua.
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
QUASE VERÃO
Quase verão.
ventos quentes amornam
as vértebras do dia,
coro de pássaros ,em sinfonia,
acorda a tarde do sono...
enquanto polígonos de sol
reavivam os jardins em abandono.
ventos quentes amornam
as vértebras do dia,
coro de pássaros ,em sinfonia,
acorda a tarde do sono...
enquanto polígonos de sol
reavivam os jardins em abandono.
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
PAISAGEM VESPERAL
A tarde se esvaindo em ocaso
O rio de águas coleante exibe
seus cardumes para o sol,...
e com minhas mãos em gestos de concha
tento coar a luz solar para irrigar
de brilho e calor os jardins solitários.
Sobre a ponte um pássaro pousado
refresca suas asas cansadas
de novas e antigas viagens
ao frescor das mansas aragens,
E tu sentada no banco da praça
(ciliada por verdes acácias )
com teus seios acintosos e belos
tentando perfurar a seda da blusa, em decote,
dobras o encantamento da paisagem
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
POEMA PARA NEIL ARMSTRONG
Numa noite de julho de 1969
saíste de tua nave de luz
e num arroubo incontido,
sob o olhar longínquo da rua
beijaste a boca encantada da lua,
e a memória dos teus passos
ficou plasmada no chão
na poeira cósmica do silêncio
e na angústia de tua solidão.
( dedicado ao saudoso astronauta e ao poeta Farias de Carvalho, ambos passeando pelo azul)
saíste de tua nave de luz
e num arroubo incontido,
sob o olhar longínquo da rua
beijaste a boca encantada da lua,
e a memória dos teus passos
ficou plasmada no chão
na poeira cósmica do silêncio
e na angústia de tua solidão.
( dedicado ao saudoso astronauta e ao poeta Farias de Carvalho, ambos passeando pelo azul)
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
A CHUVA
A chuva desabou sobre os ombros da tarde
as solas de minhas sandálias pisavam
na umidade das calçadas degastadas,
um pássaro de asas molhadas pousado
na cabeça de uma arvore desfolhada
sem se importar com o batismo da chuva
e na sala de espera do tempo
os ponteiros dos relógios, acúleos de aço.
decapitam as horas enquanto um sol
de raios languidos tenta conter o ímpeto da chuva.
as solas de minhas sandálias pisavam
na umidade das calçadas degastadas,
um pássaro de asas molhadas pousado
na cabeça de uma arvore desfolhada
sem se importar com o batismo da chuva
e na sala de espera do tempo
os ponteiros dos relógios, acúleos de aço.
decapitam as horas enquanto um sol
de raios languidos tenta conter o ímpeto da chuva.
terça-feira, 11 de agosto de 2015
POEMA
Todas as noites
a serenidade
dos teus olhos
em sedução
penetram nos jardins
dos meus sonhos
e polinizam os gerânios
da minha excitação.
a serenidade
dos teus olhos
em sedução
penetram nos jardins
dos meus sonhos
e polinizam os gerânios
da minha excitação.
sábado, 1 de agosto de 2015
O TEMPO E EU
Fujo da impertinência do tempo
tentando esconder minhas rugas
na superfície opaca dos espelhos,...
parto por caminhos soturnos e as vezes
ínvios,
cardos e urzes são os meus desafios
reciclo os meus pecados para fugir
ao holocausto das crenças,
conduzo um sol de bolso para amornar
meu corpo quando o inverno chegar
e inventei um estrela para nas noites
escuras iluminar a geografia do caminho
construir com fiapos de sol uma espada
de luz e calor para desafiar os dragões alados
guardiões e sentinelas do tempo.
Mas será que no fim da jornada sairei incólume
desta batalha?
Durmo. E no sonho uma sibila me adverte
que o tempo é implacável, que o tempo nunca perde
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EROTICA
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