sábado, 10 de julho de 2021

EROTICA


Entre as tuas tenras coxas
a erva da sedução
narcotiza meus gestos
abala meus sentidos
e minhas mãos se perdem
no labirinto terno
e obscuro do teu púbis
enquanto o teu corpo inteiro (desabrochando como um lírio)
me convida ao delírio.
Você, Lenir Feitosa, Zélia Guardiano e 1 outra pessoa
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terça-feira, 29 de junho de 2021

DE SOMBRAS E TEMPO

Essas sombras margeando
as trilhas dessas galaxias subterrâneas,
as horas limando as moléculas do tempo
deprimem o instante seminal
enquanto a vida coleciona abismos.
Mas nem tudo é angustia e aflição
nem tudo está perdido
ainda há um tênue cintilo de sol
na senda escura da solidão.
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Você, Djanira Pio, Nalu Marques e outras 4 pessoas
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sábado, 5 de junho de 2021

POEMA DE OLHAR E POR DO SOL

 

O teu olhar inaugura o por do sol
e se despede dos enigmas da tarde,
quando a ultima réstia de sol
inunda de vermelho e dourado o rio
e rege suas espumas em fractais líquidos
e se ouve dos pássaros a derradeira trova,
enquanto miríades de cardumes
em cio de desova
riscam em acrobacias e levezas
a pele encrespadas das águas
surfando no fio da correnteza.

PARA JUDITE EM PLENO OUTONO

 

Ah, esses campos matinais onde os nossos
pés de sol caminham,
são férteis,
há giro de girassóis e canteiros de margaridas
efluviando o ar do instante seminal,
e neste momento
desejaria possuir mãos mágicas
para acender todas às manhãs
o brilho dos teus olhos.
Roberval Vieira de Freitas, Djanira Pio e outras 3 pessoas
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COMO QUERO ENVELHECER

 Repudio qualquer contagem do tempo de minha velhice. Quando me aposentei proclamei a inutilidade dos relógios e a falência dos calendários. Quero seguir envelhecendo livre, solto como um corcel selvagem cavalgando pelas pradarias do tempo...

quarta-feira, 2 de junho de 2021

NOTURNO

O silêncio sangra o ciclo das horas

na estática circunferência do relógio,
a noite banhada em lua
assume os seus ludibrios
e afoga os seus desastres
no pó das invias ruas
enquanto na solidão dos jardins
a fustigação dos ventos, em açoite,
provoca holocausto de rosas.

TREM NOTURNO PARA CAUCAIA

 

Um dia tive um sonho quase surrealista. Sonhei com uma mulher vestida de lua, tinha os cabelos negros como as asas da graúna e na mãos trazia uma flor amarela. Seus movimentos eram delicados e um floco de nuvens aureolava sua cabeça. Ela não andava, levitava pelas calçadas e procurava algo que não tive a percepção de saber o que era. Era uma mulher linda. Acordei sobressalto. Dias depois quando esperava o trem noturno para Caucaia, olhando a multidão que se comprimia na plataforma da estação férrea, vi, encostada a um poste de luminária , uma mulher alta, cabelos negros, tinha os olhos verdes como as águas do mar de Iracema e nas mãos conduzia mesma flor amarela. Reconheci de imediato ser a mulher do meu sonho. Era mais bonita ainda. Seu porte assemelhava-se a saudosa Ana Magnani, aliás, muito mais bonita e inebriante que atriz italiana. Vestia uma túnica com paisagens outonais e como no sonho, procurava com os olhos alguém na multidão. Quando o trem chegou houve uma correria frenetrica e os meus olhos perderam a imagem daquela mulher. Já no interior do trem a procurei em todos os vagões e não a encontrei. Sumiu. Será que tive uma alucinação momentânea? Me perguntei. Deste dia em diante nunca mais vi a mulher do meu sonho a esperar o trem noturno para Caucaia.
Contei esse fato ao meu amigo Pacheco, o português do restaurante “ O Tigre Cego”, revelando ser tudo verdade e ele com aquele sotaque alentejano me disse: - Tivesse foi uma miragem, gajo!
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Você, Christina Vermeulen, Zélia Sales e 1 outra pessoa
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EROTICA

Entre as tuas tenras coxas a erva da sedução narcotiza meus gestos abala meus sentidos e minhas mãos se perdem no labirinto terno e obscuro ...